Publicações dos Integrantes do GEPEDTEC
Publicações dos Integrantes do GEPEDTEC
Este espaço é destinado às publicações dos integrantes do grupo de pesquisa GEPEDTEC.
Autor: Uilson Nunes de Carvalho Júnior
Orientador: Fábio Tadeu Reina
Dissertação de mestrado | Data: 14/02/2020
RESUMO
O objetivo desta dissertação consiste em analisar a prática pedagógica dos professores que atuam, especificamente, na Educação Infantil a fim de verificar se os mesmos reproduzem ou não o padrão heteronormativo enraizado na sociedade apontado neste trabalho como práticas sexistas. Segue a linha de natureza qualitativa e exploratória / observatório; a pesquisa explora o contexto histórico-social da Educação Infantil. Na primeira seção propõe ao leitor o conhecimento abrangente da inicialização da construção da Educação Infantil, seu contexto histórico-social, suas mudanças no decorrer das décadas, seus marcos e, ainda, quem são os professores que atuam na Educação Infantil no Brasil. Na segunda seção dar-se-á enfoque às diferenças sobre sexualidade e sexo, bem como este conceito foi difundido no passado e quão importante ele é no mundo contemporâneo para que possamos nos apropriar posteriormente das práticas sexistas na Educação Infantil. Na terceira seção far-se-á uma abordagem definindo o que são práticas sexistas, como surgiram, quais são as mais utilizadas na Educação Infantil e seu surgimento ao longo da história. A Educação Infantil, primeira etapa da formação de um agente social, é também uma fase importante para a formação de cultura e, nesta fase, muitas práticas sexistas são disseminadas pela escola reforçando os modelos padrões da sociedade heteronormativa. As crianças desde cedo têm contato com uma pedagogia do insulto, em brincadeiras, jogos, recreações entre outros. Desta maneira professores, inconscientemente, acabam disseminando preconceitos internalizados na sua visão de mundo às crianças da Educação Infantil. Algumas práticas sexistas observadas na Educação Infantil são os crachás, na qual o azul é de exclusividade para os meninos e o rosa para as meninas, além das brincadeiras de recreação que alguns profissionais atuantes determinam que tais brinquedos só podem ser manuseadas por meninos ou, meninas, pois, existe sempre o clichê: “estes brinquedos são de meninas”, “estes carrinhos são para os meninos”, podendo dificultar a tomada de decisão das crianças no momento de sua imaginação/transformação do seu mundo. Já na quarta seção será feita a análise de dados bem como uma discussão do que dizem outros autores sobre a mesma temática e, para finalizar na quinta seção contamos com as considerações finais. Para atingir os objetivos propostos fiz uso de explorações no universo infantil através de observações dos educadores da Rede Municipal de uma cidade do interior paulista. Pautado com aportes teóricos de cunho Bourdieusiano e linha Foucaultiana para as interpretações e análises, pude verificar como resultado de pesquisa que as práticas pedagógicas de alguns docentes no espaço escolar infantil podem reforçar estereótipos construídos historicamente nas relações sociais. A escola estando dentro de uma sociedade que determina os padrões heteronormativo reproduz práticas sexistas e pode trabalhar a favor das mesmas ou banir os preconceitos e discriminações. Em suma, defendo a ideia de uma educação transformadora e neutra de todas as práticas sexistas impostas historicamente, porém para que isso aconteça é, necessário uma mudança de mentalidade que está além da reformulação dos currículos, mas no próprio ser humano.É preciso também que a sociedade brasileira engajada para romper com a ideologia de gênero e as práticas sexistas por meio da defesa de uma educação inclusiva, plural, justa, democrática e republicana cuja construção só se fará por meio de uma Educação crítica e reflexiva que esteja, de fato, comprometida com valores antisexistas e antiandrocêntrica. Algumas das contribuições deste trabalho para a sociedade, podemos destacar: a temática que ainda por inúmeras razões é pouco mencionada e explorada no meio científico bem como a reflexão que possa nortear os novos currículos dos cursos de pedagogia fomentando uma formação continuada de nossos educadores atuantes.
Palavras-chave: Educação Infantil. Práticas sexistas. Sexualidade.
Autor: Uilson Nunes de Carvalho Júnior
Orientador: Sandro Luis da Silva
Dissertação de mestrado | Data: 13/12/2019
RESUMO
Esta dissertação insere-se na área de Estudos Linguísticos - Linguagem em Novos Contextos - do Programa de Pós-Graduação em Letras da Universidade Federal de São Paulo e tem como tema a constituição do ethos discursivo institucional em grupo de gestão acadêmica no WhatsApp. A hipótese é que a interatividade on-line de sujeitos discursivos em grupos de WhatsApp possibilita um ethos discursivo institucional, que representa a imagem de uma determinada instituição. Orientados por esta proposição, definiu-se a seguinte pergunta de pesquisa: Como é constituído o ethos discursivo institucional em grupo de gestão acadêmica no aplicativo WhatsApp? O objetivo geral desta pesquisa é analisar, pelos princípios da Análise de Discurso, o WhatsApp, a fim de compreender como é constituído o ethos discursivo institucional em um grupo de gestão acadêmica e os possíveis efeitos de sentido depreendidos das (inter) locuções. Para alcançar o objetivo geral, foram eleitos os seguintes objetivos específicos: 1°) Pesquisar e analisar as tecnologias digitais (WhatsApp) e suas implicações discursivas na construção do ethos; 2º) Compreender os elementos linguísticodiscursivos utilizados na elaboração dos enunciados que levam à constituição do ethos discursivos institucional; 3º) Analisar e explicar a constituição do ethos discursivo institucional, considerando a interação entre os sujeitos que utilizam o aplicativo WhatsApp. O corpus é composto por 300 posts (unidades de fala) dos quais selecionamos 37. Estabeleceu-se como categorias de análise a cenografia, a polifonia e o tom discursivo. Do ponto de vista metodológico esta pesquisa é descritiva, de abordagem quali-quantitativa e de base explicativa. O aporte teórico que embasa o estudo é constituído principalmente pelos pressupostos da Análise de Discurso francófona francesa (MAINGUENEAU, 2008a, 2008b, 2010, 2013, 2016). Em relação às novas tecnologias da informação e comunicação, a pesquisa está pautada em Manuel Castells (2017) e Pierre Lévy (2011). Osresultados obtidos demonstraram a constituição do ethos discursivo institucional no WhatsApp pelo movimento de múltiplas vozes em um tempo intemporal (síncrono/assíncrono) no ciberespaço, a partir da enunciação, de uma instituição organizada, burocrática, engajada no processo de ensino e aprendizagem, ao passo que autoritária, mas polida, formal e informal, que convive com momentos de divergências e tensões mediados pela participação coletiva.
Palavras-chave: Cenografia; Ethos discursivo institucional; WhatsApp.
Autor: Maria Alice de Castro Alves
Orientador: Karin Adriane Henschel Pobbe Ramos
Dissertação de mestrado | Data: 30/05/2019
RESUMO
A presente pesquisa tem como tema o trabalho com os memes em aulas de língua portuguesa para o Ensino Fundamental, a partir de uma perspectiva do gênero discursivo. O objetivo geral foi o de propor um trabalho a partir do gênero meme em aulas de Língua Portuguesa, com foco em análise linguística/semiótica. Como objetivos específicos elencamos, definir o que é meme, analisar memes sob uma perspectiva dialógica, multimodal e multissemiótica. A aplicação da proposta de trabalho ocorreu em uma escola da Rede Estadual de Ensino de São Paulo, localizada no município de Mogi das Cruzes, na zona periférica. A turma escolhida para a aplicação é do 9º ano do Ensino Fundamental. Abordamos, além do meme, outros gêneros textuais para abarcar a intertextualidade presente neste tipo de texto. Como metodologia realizamos 8 aulas com foco em uma exposição final de curadoria. Como referencial teórico, propomos criar uma definição formal de “Meme de Internet” que pode ser usada para caracterizar e estudar mensagens instantâneas em contextos acadêmicos, como ciências sociais, comunicação e humanidades. Para isso realizamos um estudo a partir das pesquisas sobre memes de Dawkins (1993), Blackmore (1999) e Sperber (1996). Para o estudo do meme da perspectiva do gênero discursivo, nos apoiamos nos estudos teóricos de Miller (2009), Bakhtin (1997), Bazerman (2005) e Kristeva (2005). Para a análise da prática, nos embasamos em Marcuschi (2002, 2008), Rojo (2008), e Kleiman (2007). Nossa escolha especificamente pelo meme se deu pelo entendimento deste como um gênero discursivo que circula exclusivamente na internet, ou, mais precisamente, nas redes sociais.
Palavras-chave: Meme, Língua Portuguesa, Gênero do Discurso, Letramento.
Autor: Alexandre Passos Bitencourt
Orientador: Orlando Vian Junior
Dissertação de mestrado | Data: 08/06/2018
RESUMO
Esta dissertação tem como objetivo analisar aspectos da multimodalidade na abertura das unidades e dos capítulos do Livro Didático de Língua Portuguesa (LDLP) para o nono ano do ensino fundamental, Português Linguagens (CEREJA; MAGALHÃES, 2012), aprovado pelo Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) de 2014. Objetiva-se, especificamente, analisar como se configura a integração entre os modos visual e verbal conforme proposta por Painter, Martin e Unsworth (2013), geralmente porque o tratamento dado às imagens no Livro Didático (LD) tende a situar o leitor mais em direção ao campo da observação do que na leitura propriamente dita, dessa forma, pode contribuir para distanciá-lo da imagem a fim de aprender com os elementos dela, já que se constitui como uma semiose carregada de múltiplos significados. Para tanto, adotamos como perspectiva teórica a Linguística Sistêmico-Funcional para analisar as variáveis de registro (Campo, Relações e Modo), propostas por Halliday (1989) e Eggins (2004), para verificarmos como a variável Modo pode possibilitar a construção de significados. Também fazem parte do enquadre teórico a Gramática do Design Visual proposta por Kress e van Leeuwen (2006), e o conceito de integração intermodal proposto por Painter; Martin e Unsworth (2013) e utilizada por Dias e Vian Jr. (2017) para o LD. Adotamos uma abordagem metodológica de caráter qualitativo (FLICK, 2004), para análise e discussão do corpus formado por textos verbais e visuais que compõem a abertura de unidades e de capítulos do LD. Buscou-se descrever tanto a forma como se caracteriza a relação estabelecida na integração intermodal entre texto verbal e texto visual, como de que maneira é construído o significado multimodal no layout das páginas de abertura das unidades e dos capítulos do LD e, também, a forma como podem ser construídos os significados nos textos baseados nas variáveis de registro (Campo, Relações e Modo). Os resultados revelam que a abertura das unidades e dos capítulos do LD sob análise apresentam recursos multimodais que podem ser utilizados pelos professores de língua portuguesa para promover multiletramentos ao aluno, portanto, apontamos que o LD analisado se constitui como uma poderosa fonte de elementos repletos de aspectos para ser utilizados em sala de aula e que possuem um vasto potencial à promoção do letramento multimodal.
Palavras-chave: Multimodalidade; livro didático; Linguística SistêmicoFuncional; Gramática do Design Visual; Ensino de Língua Portuguesa.